O é um relacionamento abusivo? Já se viu em uma lama que não acaba mais? Como sair de um relacionamento abusivo é a questão que muitas pessoas procuram já que se vêem amarradas uma teia de manipulação.
Por que ela não vai embora? É a pergunta que várias pessoas fazem quando descobrem que uma mulher está sofrendo violência dentro de uma relação abusiva.
Ás vezes, você até sabe como sair de um relacionamento abusivo. Porém você, que está em um relacionamento assim, sabe muito bem que é mais fácil falar que fazer.
Terminar um relacionamento que significou algo pra você nunca é fácil, mesmo sendo um relacionamento problemático.
Mais difícil ainda quando você está isolada de seus entes queridos, se sentindo derrotada, envergonhada, dependente financeiramente, e ainda por cima, ameaçada de agressões.
O que é um relacionamento abusivo?
Relacionamento abusivo é aquele em que há uma tentativa de dominar e controlar a vítima dentro de um relacionamento, seja íntimo, familiar, de amizade ou entre colegas e conhecidos.
Existem vários sinais, porém o maior deles e o mais revelador é o medo do parceiro ou familiar.
Se você tem que medir o tempo todo o que diz ou faz para evitar uma explosão e tem a sensação de pisar em cascas de ovos, então com certeza NÃO está em um relacionamento saudável.
O que é um relacionamento abusivo ou tóxico? A resposta pra essa pergunta nem sempre é fácil, mas acredite, você merece viver livre do medo, da culpa e ser feliz.
Veja como encontrar ajuda para jovens ou adultos, homens ou mulheres agredidas, tanto emocional quanto fisicamente.
Relacionamento abusivo: responda “sim” ou “não” às perguntas do teste
Está em dúvida se está em um relacionamento abusivo? Faça o teste de relacionamento abusivo e tire suas dúvidas.
Confie em seus instintos, se você está em dúvida, pode sim estar em uma relação abusiva.
1- Você está em um relacionamento abusivo?
Seus pensamentos e sentimentos. Você:
- Sente medo do seu parceiro a maior parte do tempo?
- Evita comentar vários assuntos por medo de irritar seu parceiro?
- Sente que não faz nada certo para seu parceiro?
- Acredita que merece ser ferido e maltratado?
- Pergunta a si mesmo se é o único que é louco?
- Está emocionalmente adormecido, entorpecido ou desamparado?
O comportamento do parceiro ou familiar. Ele:
- Humilha ou grita com você?
- Critica ou te coloca pra baixo?
- Maltrata você tanto, que tem vergonha de ver seus amigos ou familiares?
- Ignora suas opiniões ou realizações?
- Toma decisões por você, como ter filhos, estudar ou trabalhar, sem te consultar?
- Culpa você pelo comportamento abusivo dele?
- Age como se você fosse uma coisa dele ou objeto sexual e não como uma pessoa?
Comportamento violento, ameaças e controle do parceiro ou familiar:
- Tem um temperamento ruim e imprevisível?
- Ameaça te machucar ou te matar?
- Faz ameaças de levar seus filhos embora ou prejudicá-los?
- Promete cometer suicídio ou se ferir se você sair?
- Te força ou te constrange a fazer sexo?
- Destrói suas coisas?
- Age de forma excessivamente ciumenta e possessiva?
- Controla pra onde você vai ou o que faz?
- Te impede de ver seus amigos e familiares?
- Limita seu acesso a dinheiro, ao celular ou a algum veículo?
- Constantemente checa onde você está e com quem, mesmo já sendo adulto?
O que é um relacionamento abusivo – resultado do teste de relacionamento abusivo:
Se respondeu “sim” para 5 (ou mais) das perguntas, então saiba que está em um relacionamento abusivo.
Como sair de um relacionamento abusivo?
Se você está na dúvida se vai ou fica e se sente confusa, insegura e assustada.
Quem sabe você ainda esteja esperançosa de que a situação mude ou simplesmente tenha medo da reação do parceiro ao descobrir que você está querendo ir embora.
Então você pode decidir fugir e, logo depois, querer se apegar ao relacionamento outra vez. Talvez você se culpe pelo abuso e se sinta fraca e com vergonha de ter ficado mesmo assim.
Seja livre! Jamais fique presa no medo, culpa ou vergonha. A coisa mais importante agora é a sua segurança.
Se você está sendo abusada, lembre-se que você:
- Não é a causa do comportamento abusivo do seu parceiro;
- Nem está sozinha. Há pessoas prontas para ajudar;
- Também não é a culpada por ser agredida ou maltratada;
- Saiba que você e seus filhos merecem uma vida feliz e segura. Vocês merecem ser tratados com respeito.
Existem muitos recursos disponíveis para mulheres agredidas, incluindo números de emergência e abrigos. Inclusive capacitação profissional, serviços jurídicos e assistência ás crianças vítimas.
Comece entrando em contato com o número de emergência 180 para denúncias de agressões feitas às mulheres, em especial, com aconselhamento em casos de violência doméstica.
Ligue para o numero de emergência 100 em casos de abusos psicológicos, sexuais ou físicos a QUALQUER PESSOA em estado de vulnerabilidade.
Por exemplo, crianças, adolescentes, idosos, deficientes, LGBTs, moradores de rua, em escravidão, emigrantes ou refugiados…. que estejam em situação de vulnerabilidade e estão sendo vítimas de abusos físicos ou psicológicos.
Não importa quem esteja praticando esses abusos, seja pai, mãe, professor, policial, autoridades federais ou estaduais, todos devem ser denunciados.
Toda discriminação e abuso é crime não importa quem esteja praticando ou a quem seja praticado, independente de preferência sexual, raça, sexo, religião, cargo, condição financeira ou idade.
Qualquer um pode denunciar, não é necessário se identificar e a ligação é gratuita. Ajude alguém a como sair de um relacionamento abusivo.
Como sair de um relacionamento abusivo: quando e como?
Mesmo que decida acabar com a relação abusiva ou tentar salvá-lo, precisar ficar ciente de algumas coisas.
Se você tem esperança que seu parceiro mude:
Os abusadores têm problemas emocionais e psicológicos profundos. Embora a mudança não seja impossível, não é rápida ou fácil. É necessário um comprometimento pessoal diário.
E a mudança só pode acontecer quando o agressor assume total responsabilidade por seu comportamento e não culpando você.
Além disso, ele deve buscar tratamento psicológico (independente de estar ou não no relacionamento).
Para que posso parar de culpar você, o temperamento dele, estresse, vícios, trabalho ou infância problemática pelos abusos . A responsabilidade é dele de aprender a se controlar e mudar.
Quando você acredita que pode mudar seu agressor:
É natural que você queira ajudar seu companheiro. Você pode achar que é a única que entende seus problemas e que é sua missão resolver os problemas dele.
Mas a verdade é que, ao ficar e aceitar os abusos, com o passar do tempo, você somente incentiva e facilita os comportamentos ruins dele.
Em vez de ajudar seu agressor, você está fornecendo motivos para ele continuar com o problema e ser mais abusivo, de forma que ele irá trilhar um caminho de auto destruição.
Este caminho pode ser a destruição e não a salvação que você tanto quer.
Ele pode se envolver com acidentes, com brigas ou pessoas perigosas, ser preso ou ainda assassinado, entre outras consequências de suas ações.
E você não poderá impedir, pois só depende dele decidir procurar ajuda e se esforçar pela mudança.
Caso o seu parceiro prometeu parar o abuso
Ao enfrentar as consequências de suas ações, os agressores costumam implorar por outra chance, pedir perdão e fazer garantias de mudanças.
Eles podem até fazer várias promessas neste momento, mas seu verdadeiro objetivo é permanecer no controle e impedir que você saia e não a intenção verdadeira de cumprir suas palavras a longo prazo.
Ele quer permanecer no controle para que tudo continue como está. Não é um compromisso verdadeiro com a mudança.
Na maioria das vezes, eles voltam às velhas práticas logo depois que você os perdoou e não estão mais preocupados com a sua partida.
Quando o seu parceiro está em tratamento
Mesmo se ele estiver em tratamento psicológico ou aconselhamento, não há garantia de que ele mudará. Muitos agressores que estão em tratamentos continuam sendo controladores, abusivos e violentos.
Caso ele tenha parado de menosprezar o problema ou dar desculpas para isso, é um bom sinal.
Mas você ainda precisa tomar sua decisão com base em quem ele é no momento, não no homem que você espera que ele se torne.
Já que esta construção leva tempo, dedicação e comprometimento. E este construir, não depende de você, mas da vontade de cada um de se tornar alguém melhor.
É uma questão de decidir e lutar. Não somente de dizer que deseja ou quer mudar.
E você não pode decidir e querer pelo outro. Somente por você mesma. Cada um deve se responsabilizar pelo seu próprio crescimento pessoal.
Você está preocupada com o que pode acontecer se partir?
Mesmo que esteja com medo quanto ao que pode acontecer a você, não deixe que o medo do desconhecido a mantenha em uma situação perigosa e doentia.
Sinais de que seu agressor NÃO está mudando. Ele:
- Tenta obter a sua confiança, de seus filhos ou de seus entes queridos.
- Espera algo de você em troca dele buscar ajuda.
- Continua a culpar os outros por seu comportamento violento e agressivo ao invés de assumir sua fraqueza.
- A acusa de ser abusiva mesmo depois de a ter agredido (seja emocional, verbal ou fisicamente).
- Diz que você tem obrigação de dar outra chance a ele.
- Tem que ser o tempo todo cobrado para continuar o tratamento.
- Afirma que não consegue mudar a menos que você fique com ele e o apoie.
- Pressiona você a ir ao tratamento como se estivesse jogando a culpa para você, não se comprometendo com a mudança.
- Menospreza a seriedade do abuso(seja emocional ou físico) que praticou ou diz que não foi assim como você descreve.
- Fica te pressionando ou insistindo muito que você tome decisões sobre o relacionamento que não está preparada.
- Ameaça se ferir ou se matar caso você vá embora. Entenda que você não é culpada se ele fizer qualquer mal a si próprio. Somente ele é responsável pelas próprias atitudes. Isto é um sinal de doença mental que precisa ser tratada profissionalmente e não remediadas com uma relação doentia.
Não se esqueça: Ligue para o 180 para abusos contra mulheres para saber mais informações sobre seus direitos, abrigos e proteção relacionados a proteção de mulheres que sofrem abusos domésticos em uma relação abusiva. Ou ligue para o 100 para qualquer tipo de abuso para qualquer pessoa.
Como sair de um relacionamento abusivo: o planejamento
Até quando não está pronta, existem ações que você pode fazer para se proteger. Essas dicas de segurança farão a diferença para sua segurança:
Conheça os sinais de perigo
Fique atenta a sinais de que seu agressor está ficando chateado, pode explodir de raiva e partir para a violência.
Apresente várias razões(cotidianas) que você pode usar para sair de casa (durante o dia e à noite) se sentir que terá problemas na relação abusiva.
Identifique áreas de fuga
Planeje para onde ir se o agressor atacar ou se iniciar uma briga.
Evite lugares pequenos e fechados, sem saídas (como armários, quartos ou banheiros). Se possível, vá para uma sala ou cozinha com telefone e uma porta ou janela externa.
Crie um código de segurança
Escolha frase, sinal ou uma palavra que você possa usar para seus filhos, colegas de trabalho, amigos ou vizinhos. Para que saibam que você está em perigo e que eles devem chamar a polícia.
Como sair de um relacionamento abusivo: o plano de fuga
Esteja pronto a fugir quando precisar
Tenha dinheiro, roupas, números de pessoas de confiança e documentos importantes guardados em um local seguro (na casa de uma amiga, por exemplo).
Mantenha o carro abastecido e de frente para a saída da garagem, com a porta do motorista destrancada. Esconda uma cópia da chave do carro ou moto, onde você pode achar rapidamente.
Treine fugas rápidas e com segurança
Ensaie seu plano de fuga para estar preparada se for atacada pelo agressor. Se você tem filhos, treine o plano de fuga com eles também.
Memorize uma lista de contatos de emergência.
Pergunte a pessoas de confiança se você pode procurá-las se precisar de carona, lugar para ficar ou ajuda para chamar a polícia.
Memorize o número de seus contatos de emergência, e número direto com a delegacia da mulher de sua região ou ligue 180.
E no caso de você ficar?
Nesse caso, de você decidir ficar com o parceiro abusivo, aqui estão algumas dicas para enfrentar a situação e proteger a si mesma e a seus filhos.
- Seja gentil com você mesma! Desenvolva uma maneira mais positiva de olhar e conversar consigo mesma. Use palavras de afirmações positivas para neutralizar as agressões verbais que o agressor faz. Arranje tempo para as atividades que você gosta e que são prazerosas.
- Crie vínculos de apoio. Sempre que possível, envolva-se com amigos, igrejas, atividades fora de casa e incentive seus filhos a fazer o mesmo.
- Entre em contato com programas que combatem a violência doméstica em sua região. Eles podem fornecer apoio emocional, aconselhamento, moradia segura, informações e outros serviços, mesmo que você decida ficar ou sair de uma relação abusiva.
Como sair de um relacionamento abusivo: protegendo sua privacidade
Os agressores geralmente monitoram os passos das companheiras, incluindo celular, tablete e computador.
Você pode ter receio de sair ou pedir ajuda por medo de seu parceiro te agredir se descobrir.
No entanto, existem cuidados que você pode tomar para se manter segura e impedir que o agressor descubra o que está planejando.
Ao procurar ajuda para violência doméstica, é importante encobrir seus rastros, especialmente quando você está usando o telefone fixo, um celular ou um computador.
Ligue do celular de uma amiga ou vizinha
Ligue de um Smartphone de um conhecido de confiança ou use um telefone público. Geralmente, a ligação é gratuita para serviços de emergências; portanto, saiba se há um perto de você em caso de problemas.
Verifique as configurações do seu celular
Existem aplicativos que o agressor pode usar para ouvir suas chamadas, ler suas mensagens de texto, monitorar seu uso da Internet ou rastrear sua localização.
Considere desligá-lo quando não estiver em uso ou deixá-lo para trás ao fugir do agressor, já que se ligá-lo depois da fuga ele pode encontrá-la.
Pegue um segundo celular
Para manter sua comunicação e seus movimentos em segredo, considere comprar um outro celular com chip pré-pago que seu agressor não conheça.
Não registre seu CPF nele ou de um parente próximo como mãe, pai ou irmãos, tios, por exemplo, para que não seja descoberta.
Esconda um cartão telefônico
Lembre-se de que, se você usar seu próprio telefone fixo, os números para os quais você ligar serão registrados na fatura mensal enviada à sua casa.
Até quando você já tiver saído, no momento em que a conta chegar, seu agressor poderá rastrear você pelos números de telefone que pediu ajuda.
Use um computador seguro
No caso de você procurar ajuda online, estará mais segura se usar um computador fora de sua casa.
Embora existam maneiras de excluir seu histórico da Internet em um computador, tablet ou celular que seu agressor tenha acesso, isso pode ser uma pista de que você está escondendo alguma coisa.
Além disso, a menos que você seja um técnico, pode ser quase impossível limpar todas as evidências dos sites que você visitou.
Use um computador no trabalho, lan house, delegacia da mulher ou peça emprestado um celular de uma amiga.
Mude seus nomes de usuário e senhas
Em caso de o seu agressor saber acessar suas contas, crie novos nomes de usuário e senhas para seu email, whatsapp, contas bancárias onlines e outras contas confidenciais.
Ainda que você ache que o agressor não possua suas senhas, ele pode ter adivinhado, usado um spyware ou um programa de registro de chaves para obtê-las.
Escolha senhas que seu agressor não consegue adivinhar (evite aniversários, apelidos e outras informações pessoais).
Protegendo-se dos dispositivos de vigilância e gravação
Seu agressor não precisa ser conhecedor de TI para usar a tecnologia de vigilância para monitorar seus movimentos e ouvir suas conversas.
Seu agressor pode estar usando:
Câmeras ocultas, como uma “Nanny Cam”, câmeras de segurança secretas ou até um monitor de bebê para verificar você.
Aplicativos de celular que podem permitir que seu agressor monitore o uso do aparelho ou rastreie seus movimentos.
(GPS) ocultos no carro, na bolsa, no telefone ou em outros objetos que você carrega. Seu agressor também pode usar o sistema de GPS do seu carro ou moto para ver onde você esteve.
Na hipótese de você descobrir qualquer dispositivo ou aplicativo de rastreamento ou gravação, deixe-o lá até que você esteja pronto para sair.
Embora possa ser tentador removê-los ou desligá-los, isso alertará seu agressor de que você está planejando fugir da relação abusiva.
Mesmo que for pega planejando sua fuga, tenha calma, não corra ou se apavore. Pois isto pode fazer ele ter a certeza disto. Procure manter a calma neste momento para não levantar suspeitas.
Tenha fé em Deus, você vai conseguir.
Como sair de um relacionamento abusivo: abrigos para mulheres agredidas
Um abrigo contra violência doméstica ou abrigo para mulheres é um lugar onde mulheres agredidas podem procurar refúgio de seus agressores.
A localização do abrigo é mantida em segredo para impedir que o agressor a encontre.
Abrigos de violência doméstica geralmente têm espaço para as mães e seus filhos. O abrigo fornecerá todas as suas necessidades básicas de vida, incluindo alimentação e creche.
Esse tempo que você pode permanecer no abrigo é limitado, mas a maioria dos abrigos também a ajudará a encontrar um lar permanente, emprego e outras coisas necessárias para começar uma nova vida.
Também devem encaminhá-la a outros serviços para mulheres vítimas de abuso e agressão em sua região, incluindo:
- Ajuda jurídica
- Aconselhamento psicológico
- Programas de emprego
- Serviços relacionados à saúde
- Grupos de apoio
- Serviços para seus filhos
- Assistência financeira
- Oportunidades educacionais
Caso você precise de um abrigo contra violência doméstica de mulheres, não precisará fornecer informações de identificação a seu respeito, mesmo que solicitadas.
Embora os abrigos tomem muitas medidas para proteger as mulheres que eles abrigam, dar um nome falso pode ajudar a impedir que seu agressor a encontre, principalmente se você mora em uma cidade pequena.
Para saber mais como sair de um relacionamento abusivo – Ligue 180
Um serviço do Governo Federal que escuta e acolhe mulheres em relação abusiva e em situação de violência.
Este serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgão competentes, assim como reclamações, sugestões ou elogios sobre os serviços de atendimento.
Também dá informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso:
- Casa da Mulher Brasileira – abrigos,
- Centros de Referências,
- Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam),
- Defensorias Públicas,
- Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
São atendidas TODAS as pessoas que ligam denunciando violência contra a mulher. Se você é um vizinho ou parente que já viu os sinais e ocorrências de violência pode denunciar anonimamente.
Como sair de um relacionamento abusivo: proteção depois de ir embora
Manter-se segura do agressor é tão importante depois que você saiu da relação abusiva, como antes de sair.
Para se proteger, você precisa se mudar para que seu ex-parceiro não possa encontrá-la. Se você tem filhos, eles precisam mudar de escola.
Então, como manter seu novo lar em segredo:
- Jamais fornecer o seu novo endereço em nenhum cadastro já que existem formas de acessar isso;
- Obter um número de celular novo sem o seu cpf ou de conhecidos;
- Cancele suas contas bancárias e cartões de crédito antigos, especialmente se você as compartilhou com seu agressor. Ao abrir novas contas, use um banco diferente e não dê informação de seu endereço atual no cadastro.
Uma vez que você permanecer na mesma cidade, mude sua rotina
Pegue um novo caminho para o trabalho evitando locais onde seu agressor possa localizá-la.
Mude os compromissos que ele já conhece e encontre novos locais para fazer compras.
Mantenha também um celular o tempo todo com você e estaja pronta para ligar para o 190 se ver seu ex-agressor.
Considere obter uma medida protetiva contra o parceiro abusivo. No entanto, não é hora de relaxar e baixar guarda com uma ordem de restrição.
O perseguidor ou agressor pode ignorar essa medida. Então tenha cuidado, mesmo assim e se previna de um possível encontro.
Como sair de relacionamento abusivo: como se curar e seguir em frente?
A culpa não te levará a nada. Independente de qual o fim que o seu parceiro tome, você não é responsável por ele.
Não se culpe se ele decidiu não procurar ajuda, nem permanecer no tratamento ou das consequências dessas ações dele, seja qual for.
Somente poderá se responsabilizar por você mesma e seus filhos ainda menores de idade, se os tiver.
Faça o seu melhor por eles enquanto estão com você. Mesmo quando eles crescerem, você não poderá decidir qual caminho eles seguirão. Somente qual caminho você seguirá.
Os efeitos do trauma do que você passou pode permanecer por muito tempo, mesmo depois que você saiu da situação de abuso.
As cicatrizes da violência e abuso psicológico depois de sair de uma relação abusiva, são profundas.
Poderá lutar contra emoções perturbadoras, lembranças assustadoras ou uma sensação de perigo constante que você simplesmente não pode se livrar no início.
Ou você pode se sentir adormecida e incapaz de confiar em outras pessoas.
Por isso grupos de aconselhamento, terapia e apoio a sobreviventes de abuso doméstico podem ajudá-la a superar o que você passou em uma relação abusiva e aprender a construir relacionamentos novos e saudáveis.
Construindo novos relacionamentos saudáveis depois de sair de uma relação abusiva
Depois de sair de uma situação de abuso, você pode estar ansiosa para conhecer um novo parceiro e finalmente encontrar o amor que tanto precisa.
Entretanto é aconselhável ir devagar. Reserve um tempo para conhecer a si mesma e entender quais as razões de você ter se deixado entrar em uma relação abusiva.
Sem gastar tempo para se curar e aprender lições importantes com a experiência, você corre o risco de voltar a sofrer abusos. E isto é comprovado.
Por isso, cuide, ame e valorize a pessoa linda que você é. Você é suficiente e capaz. É merecedora de todo o amor do mundo. Sempre repita isto todos os dias.
Somente uma relação baseada em amor próprio poderá se tornar saudável. Amor próprio não é se sentir menos ou mais que ninguém. Isto é doentio e precisa ser tratado.
Amor próprio é reconhecer que você tem defeitos e qualidades como qualquer outro ser humano. E está tudo bem você cometer erros. Seus erros não são você.
Nossos erros nos ensinam a ser melhores, e não nos destroem.
Ame, ame, ame! Nunca deixe de acreditar no amor
Porém procure sempre diferenciar o que é amor verdadeiro do amor doentio ou obsessivo.
O verdadeiro amor não trás medo nem te sufoca.
Jamais espere ninguém te amar. Respeite-se como uma linda criação de Deus que você é e não se permita entrar em uma relação abusiva.
Ame-se primeiramente a ponto de não permitir que ninguém a faça acreditar que é menos ou não é merecedora, pois isto não é amor e sim sentimento egoísta e cruel.
Se proteja de pessoas que dizem amar, mas não agem de acordo com essas palavras que foram ditas.
E não se esqueça: não odeie quem te magoou para que não se torne como quem te feriu. Simplesmente perdoe e siga seu caminho em paz.
Alguém deve vir para acrescentar na sua vida que já é interessante e não para te fazer feliz. Você já deve estar feliz e o outro vem para te fazer mais feliz do que você já deve ser.
Seu dever, em primeiro lugar, e antes de tudo, é estar feliz consigo mesma.
Você se ama? Se não, esta é a sua primeira tarefa. Só podemos dar aquilo que temos.
Deus já te deu toda a capacidade do mundo de ser feliz e correr atrás dos seus objetivos.
Comemore todos os dias cada vitória que tiver, por menor que seja. Respeite seu tempo e não se compare com ninguém. Cada um tem seu próprio ritmo e história
Jamais permita que outros digam que você não é capaz ou suficiente. Jamais acredite nessas mentiras. Acredite em si mesma e tenha muita fé em Deus que você chega lá.
Levanta a cabeça, tenha fé, vai ficar tudo bem. Abraços carinhosos